Livro - Mediação e comunicação na EaD

Site: Moodle EaD IFSC
Curso: Capacitação de Tutores UAB | 2017.2
Livro: Livro - Mediação e comunicação na EaD
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Data: Thursday, 25 de April de 2024, 11:35

Descrição

 

Apresentação

Neste terceiro livro, vamos estudar sobre a mediação e a comunicação voltadas às características de cursos na modalidade EaD. O objetivo é dar o direcionamento de como realizar a comunicação no processo educativo, focando principalmente no papel do professor, tutor e estudantes. Entre os assuntos a serem abordados, estão:

   
  • Mediação e Comunicação;
  • Linguagem Dialógica;
  • Dialogicidade em cursos EaD;
  • Influência das Tecnologias;
  • Papéis dos participantes;
  • Mediação Pedagógica na EaD;
  • Práticas de Mediação e comunicação na EaD.

Com esses conteúdos, você perceberá a importância da mediação pedagógica, da linguagem dialógica e da atuação dos participantes do processo educativo e entenderá como isso influencia na qualidade dos cursos nessa modalidade de ensino. Com isso, você terá uma base do que é importante levar em consideração na atuação da tutoria, através de alguns indicativos iniciais sobre a função do tutor.

Bons estudos!

3 Mediação e Comunicação

A mediação e a comunicação são elementos importantes para a convivência em sociedade. Em um mundo globalizado em que ocorrem infinitas e dinâmicas interações e trocas de informações com diferentes opiniões e objetivos, é fundamental a existência de um processo comunicativo organizado para que os objetivos das interações sejam atingidos.

O site Significados traz a seguinte informação: “Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de importância vital, sendo uma ferramenta de integração, instrução, de troca mútua e desenvolvimento. O processo de comunicação consiste na transmissão de informação entre um emissor e um receptor que descodifica (interpreta) uma determinada mensagem”. 

Já o termo mediação tem seu valor no contexto das interações em que se almeja processos comunicativos construtivos com intervenção de opinião ou alcance de objetivos. No site Infopédia, tem-se que “mediação é a interferência de uma pessoa ou entidade entre pessoas ou grupos, com o objetivo de alcançar um consenso”. Observa-se que a mediação é um processo mais complexo, já que não reflete apenas o entendimento de uma mensagem, mas sim uma mudança de opinião, consenso ou ainda uma forma de incorporação de informações para permitir a geração de novos conhecimentos e posicionamentos.

Até aqui estamos trabalhando no entendimento de mediação e comunicação
no sentido geral, mas na educação, como seria a aplicação desses termos?


Na educação, a mediação e a comunicação se fazem presentes como elementos fundamentais no processo educativo, podendo ser vistos como processo de construção de novos conhecimentos. Segundo Gomes (2008, p.1), “o processo de construção do conhecimento se dá por meio de um movimento complexo, no qual os sujeitos interagem entre si, mas também com as informações, processando-as para a partir de seus enquadramentos e de suas possibilidades cognitivas se apropriarem dos conteúdos acessados.” Nessa construção, a mediação tem caráter enriquecedor, já que permite direcionamentos no estudo e no acesso às informações para formar a construção de novos conhecimentos.

A comunicação e a mediação no cenário da educação precisam ser intensas, para facilitar e enriquecer o aprendizado. Para Kenski (2008, p.1), “o processo da comunicação humana com finalidades educacionais transcende o uso de equipamentos e se consolida pela necessidade expressa de interlocução, de trocas comunicativas. Vozes, movimentos e sinais corporais são formas ancestrais de manifestações humanas no sentido da comunicação, visando à aprendizagem do outro ser.”. No contexto da educação a distância, com suas características específicas de distanciamento geográfico, a proposta para a mediação, segundo a mesma autora, baseia-se no uso das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação), que oferecem ferramentas para tornar possível o processo interativo e efetivo na modalidade. As TICs serão abordadas em capítulo específico, apresentado na continuidade do estudo.

Para facilitar o entendimento de mediação e comunicação dentro do processo educativo, leia as seguintes definições:

   

Mediação -  traz a expectativa de uma relação de reciprocidade entre o indivíduo e as possibilidades do conhecer, aprender. Enfatiza, através do discurso oficial no plano da ideologia intersubjetiva, a "troca de experiências entre as pessoas" para a possibilidade de criação de conhecimento (Zanolla, 2012).


Comunicaçãoé a forma como as pessoas se relacionam entre si, dividindo e trocando experiências, ideias, sentimentos, informações, modificando mutuamente a sociedade onde estão inseridas. Sem a comunicação, cada um de nós seria um mundo isolado (Vasconcelos, 2009).

SAIBA MAIS

Para saber mais sobre o papel da mediação na educação, leia o texto a seguir, da autora Selma Mendes Gonzaga (2011): A importância da mediação na aprendizagem.

Na Educação a Distância, a preocupação com a mediação e a comunicação inicia antes mesmo da oferta de um curso. Ao preparar o projeto pedagógico e o material didático de um curso, a equipe multidisciplinar já trabalha pensando no processo educativo de forma completa, prevendo construção do conteúdo, interações e atividades avaliativas. Nesse cenário, Cruz (2010) traz o papel do docente, afirmando que, na EaD, as habilidades docentes são divididas em tarefas, sendo que uma delas é ser especialista do conteúdo do curso e a outra é ser responsável por guiar a aprendizagem, juntamente à equipe de acompanhamento. Dessa forma, a mediação e a comunicação permeiam toda a construção de um curso e são fundamentais para seu sucesso.


A forma de tratamento usada na comunicação também é muito importante na educação a distância - precisa ser efetiva, convidativa e cativadora. Em qualquer processo de ensino, a linguagem precisa ser adequada, mas ainda mais na modalidade EaD, em que as intervenções ocorrem por meio das tecnologias. Por esse motivo, usa-se a chamada Linguagem Dialogada, forma de comunicação com características específicas, que serão detalhadas no tópico a seguir.


Siga em frente!

3.1 Linguagem Dialógica

Seguimos o estudo focando na Linguagem Dialógica. Primeiramente é fundamental analisarmos as palavras formadoras do conceito, para assim entendermos sua lógica e influência no processo educativo.

O termo Linguagem está amparado e interligado ao processo comunicativo. Pode ser considerado como a capacidade humana de manifestar expressões de sentimentos, desejos, opiniões e troca de informações em diferentes culturas. É a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos.

Já a palavra Dialógica carrega em sua essência o significado de dialogismo, que consiste em construir uma reflexão sob a forma de diálogo. Essa possibilidade de dialogicidade se aplica na educação e permite efetividade nos processos educativos. O Dicionário Formal define o Texto Dialógico como aquele que "deve ser lido como início de um debate, despertando interesse pelo assunto e levando a uma tomada de posição do leitor, discordando ou concordado, dando uma resposta ao autor do texto". 

Alguns autores da área de comunicação e da educação alçam estudos sobre esses conceitos.

O primeiro deles é Paulo Freire. Freire trabalha com os termos Educação Libertadora ou Educação Dialógica e fundamenta a construção de interesses que interferem na educação. Ele sustenta que a experiência dialógica é fundamental para a construção da curiosidade epistemológica. A postura crítica do diálogo demostra a preocupação em apreender a razão de ser, do objeto que medeia os sujeitos dialógicos (FREIRE, 1995, p.81).

Para esse autor, a dialogicidade é fundamental no processo educativo, já que permite o diálogo entre o tripé Educador, Educando e Objetos do Conhecimento. Ele acrescenta ainda que “a prática educativa não pode ficar reduzida à pura técnica nem à transferência de conhecimentos, mas o ato do ensinar precisa levar em conta o inacabamento do ser ou sua inconclusão” (FREIRE, 1995, p.81). Nesse contexto, é necessário que educador e educandos se abram para a realidade dos sujeitos que buscam o crescimento e a conquista de novos conhecimentos.

Outra base de entendimento do termo é o estudo da Dialogicidade ou Linguagem Dialógica de Mikhail Bakhtin, um filósofo russo pesquisador da comunicação humana. Para Bakhtin (1999), a aquisição do conhecimento é constituída na interação; a linguagem media a ação do sujeito sobre o objeto, desempenhando a função mediadora. 

Em continuidade aos estudos de Bakhtin, outros autores complementam sua filosofia e colocam que na comunicação dialógica as informações são vistas como enunciados e, para sua compreensão, é importante levar em consideração as características do destinatário da comunicação. Conforme citam Piva, Freitas e Miskulin (2009):

É através da interação com o outro e seus enunciados individuais que ocorre a assimilação da expressividade conferida às palavras e enunciados. Todo enunciado tem um autor. Ele é elaborado visando uma compreensão responsiva ativa do destinatário. Para facilitar a compreensão responsiva de um enunciado, alguns fatores como o grau de informação do destinatário e o seu conhecimento especializado na área, devem ser considerados. Isso se deve a que são esses fatores os determinantes na escolha do gênero e do estilo do enunciado. (PIVA, FREITAS e MISKULIN, 2009, p.5).

Em nosso curso, o foco do estudo está na comunicação dialógica dentro da EaD. Dessa forma, é necessário que você conheça em que pontos a dialogicidade se aplica dentro da modalidade. Esse é o assunto de estudo do próximo tópico. Confira!

3.2 Dialogicidade em cursos EaD

Dando continuidade aos nossos estudos, abordaremos neste tópico como a dialogicidade pode ser desenvolvida em cursos a distância. Neles há um espaço chamado de Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA), local onde o curso acontece, ou seja, a sala de aula virtual.


       

O que precisa existir no AVEA para que o processo educativo ocorra? 

Reflita e continue a leitura.

Essa é uma pergunta que pode gerar várias reflexões e discussões. Algumas pessoas podem citar conteúdos, materiais didáticos, participantes, ferramentas, interações, atividades, etc. E realmente todos os pontos são importantes. Mas, além disso, na EaD é importante que se tenha a dialogicidade em todos os momentos do curso, seja no material didático ou nas interações. Confira a seguir mais detalhes:

Na produção de material didático

No processo de produção de materiais didáticos para EaD, deve-se pensar em materiais que proporcionem apoio ao estudo, oferecendo condições para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, mesmo que essa ocorra individual e a distância. Devido a essa necessidade, a dialogicidade é pensada para os cursos EaD desde o momento da preparação do curso, onde se utilizam técnicas instrucionais de organização, seleção e categorização de informações para que o material tenha, juntamente aos conteúdos específicos, possibilidades para considerar a estrutura e linguagem adequadas.

No desenvolvimento de materiais, deve-se usar a Linguagem Dialógica, isto é, os professores devem preparar e escrever seu material de modo a estarem continuamente conversando com o aluno, em um diálogo amigável e encorajador (LAASER, 1997). Esse diálogo deve incluir aconselhamento a respeito do que fazer, ou seja, deve encorajar os alunos a seguir lendo o material e a desenvolver as atividades solicitadas ao longo do curso. 

SAIBA MAIS

Você pode estudar mais sobre a produção de material didático utilizando linguagem dialógica acessando o artigo: Produção de conteúdos para EaD: Planejamento, Execução e Avaliaçãoque busca discutir uma proposta de produção e análise de materiais didáticos para uso em cursos na modalidade a distância. Confira!


Nas interações dentro do ambiente

Os ambientes virtuais de ensino favorecem a dialogicidade através de diferentes ferramentas para momentos de interação entre os participantes de um curso EaD.

Seguindo o pensamento de Marinho e Silva (2012), uma das ferramentas mais usadas é o fórum, que é um espaço discursivo de natureza essencialmente dialógica, o qual contribui para ampliar as interações e relações, favorecendo o processo educativo. Esse espaço serve para motivar e buscar a participação dos estudantes, mas, para alcançar tais objetivos, a forma dialógica deve estar sempre em primeiro lugar.

As ferramentas de interação dentro dos ambientes, em especial os fóruns de discussão, favorecem o processo educativo, conforme cita Pelange (2009, p.383): “o fórum é um recurso didático que pode complementar aspectos de conteúdo, pode incentivar a discussão e o aprofundamento de aspectos relacionados aos tópicos abordados, pode registrar experiências, entre outros”.

A tutoria tem participação efetiva nas interações que ocorrem dentro dos cursos. Dessa forma, é importante entender a função da dialogicidade e de que forma ela pode ser desenvolvida dentro dos cursos. As funções e tarefas do tutor serão apresentadas neste curso em capítulo posterior. Por enquanto, registre: A dialogicidade é fundamental em todas as atividades da tutoria!

SAIBA MAIS

Você pode conhecer mais um pouco sobre as possibilidades da ferramenta fórum acessando o artigo: Dialogicidade em fóruns de discussão: interfaces com os desafios da educação a distância, que faz uma análise da função dialógica dos fóruns de discussão utilizados na EAD. Vale a pena ler!

Até aqui, você conheceu as especificidades da linguagem dialógica e sua importância dentro dos cursos na modalidade a distância. Foi um ótimo passo! A seguir, você estudará a influência das tecnologias na mediação e nos processos educativos. Bom estudo!

3.3 Influência das Tecnologias na Educação e na EaD

As tecnologias acompanham o crescimento e as mudanças da humanidade com diferentes descobertas e atingem diversas áreas. Na educação, as tecnologias auxiliam e podem promover melhores apresentações de conteúdos e favorecer a comunicação e mediação, mesmo entre pessoas localizadas em diferentes locais do globo terrestre.

A aplicação da tecnologia vem em uma crescente e o computador tem sido precursor de muitas possibilidades. De tempos atrás, a escola e as tecnologias são usadas para atender à sociedade e suas demandas, acompanhando o contexto em que se encontram. “A escola de hoje é fruto da era industrial, foi estruturada para preparar as pessoas para viver e trabalhar na sociedade e agora a mesma está sendo convocada a aprender, devido às novas exigências de formação de indivíduos” (SERAFIM; SOUZA, 2011, p. 20).

    

Na atualidade, os processos educativos precisam se adaptar às caraterísticas da nova sociedade, formada por indivíduos com perfil já modificado pela convivência com as tecnologias. Hoje as crianças têm contato com as tecnologias desde os primeiros anos de vida e, assim, já crescem ambientadas às novas formas de interagir, trocar conhecimentos e realizar estudos. Percebe-se que, nesse contexto, os alunos buscam estudar assuntos de diversas áreas, que se conectam; é a chamada interdisciplinaridade, pela qual o mesmo tema pode ser tratado com diferentes ângulos de análise.

A escola precisa se adaptar e se tornar efetivamente parte integrante da educação humana, para, em conjunto com a sociedade, transmitir e construir ideias, valores e conhecimentos. A educação pode ser partilhada pelos estudantes no contexto da comunidade onde vivem e também através de ferramentas disponibilizadas pelas tecnologias, incluindo as redes sociais, através de computadores e/ou dispositivos móveis. Enfim, a escola atual precisa se organizar de forma inovadora, empreendedora, para efetivar planos de trabalhos, levando em consideração as necessidades colocadas pela sociedade tecnológica.

Nesse cenário, os autores Moran, Masetto e Behrens (2013) colocam que as escolas precisam buscar propostas inovadoras que se apoiem em um conjunto de eixos, tais como:

  • Conhecimento integrador e inovador – novas formas de trabalhar conteúdos;
  • Desenvolvimento de autoestima - valorização do aluno;
  • Formação de estudantes empreendedores – criativos e com iniciativas;
  • Construção de alunos cidadãos – com valores individuais e sociais.

Para atender as demandas atuais as tecnologias de informação e comunicação - TIC's, oferecem uma gama de ferramentas que possibilitam a EaD uma maior aproximação entre professores, alunos e equipe de acompanhamento de curso.  Atualmente podemos contar com os Ambientes Virtais de Ensino e Aprendizagem - AVEAs, dentro destes sistemas existem ferramentas de entrega de conteúdos e ferramentas de interação, como: fórum, chat, envio de mensagem, entre outras.  Esta oferta de tecnologias deu a educação a distância uma nova forma de executar o processo educativo, possibilitou construções conjuntas de aprendizagem, onde os participantes podem interagir diariamente independente do lugar geográfico que se encontram.

O contexto da nova educação mediado pelas tecnologias é reforçado em espaços de discussão, como é o caso do site Brasil Escola, onde o colunista Rodiney Marcelo (2017) cita:

A apropriação das mídias e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), no cenário da EAD faz resignificar o conceito de conhecimento. É através das ferramentas tecnológicas, a partir de mediações atuantes que as potencialidades se afloram, o tempo e espaço, já não são mais problemas, proporcionando uma educação sem distância, sem tempo, levando o sistema educacional a assumir um papel, não só de formação de cidadãos pertencentes aquele espaço, mas a um espaço de formação inclusiva em uma sociedade de diferenças (RODINEY MARCELO, 2017 p.1).

Diante das tecnologias muitas possibilidades de inovações se abrem, o desafio está em manter o foco e a motivação do estudante frente as inúmeras ofertas de aplicativos, redes sociais e espaços de descontração, pois estes acabam sendo instigantes e podem tirar o foco do estudo.  Por este motivo também, a mediação pedagógica e dialogicidades se fazem tão importantes no processo educativo, é preciso saber conduzir o aluno no processo educativo de forma efetiva.

Neste tópico abordamos um pouco da influência das TICs na educação e as mudanças que exigem na formalização do processo educativo, focando a mediação pedagógica e a comunicação dialógica no processo educativo. Agora, vamos conhecer assuntos essenciais para as relações práticas no ambiente escolar, que envolvem os papéis dos participantes neste novo cenário educacional, onde a educação precisa se portar de forma a atingir os estudantes e os objetivos educacionais na sociedade atual. Esses assuntos serão abordados nos tópicos a seguir. 

Vamos lá!

3.4 Papéis dos participantes

Na situação atual, professores e alunos estão lentamente incorporando novas formas de trabalhar o processo educativo, que passa a ocorrer de forma mais colaborativa, já que o professor deixa de ser soberano ou dono de todo o conhecimento. Os alunos passam a ter um papel mais ativo, deixam de ser meros expectadores da apresentação de conteúdos e passam a trabalhar em conjunto com o professor na construção do conhecimento e do processo de ensino e aprendizagem. As autoras Konrath, Tarouco e Behar (2009) trabalham com assuntos relacionados e confirmam essa situação na atualidade:

A perspectiva da nova educação pressupõe que o professor assuma um novo papel no processo de ensino-aprendizagem no qual ele media as interações do aluno com o objeto de estudo/conhecimento. Além disso, o uso das tecnologias é pensado como forma de tornar o processo de ensino-aprendizagem mais eficiente e eficaz no sentido de que a aprendizagem realmente aconteça e seja significativa (KONRATH; TAROUCO; BEHAR, 2009, p. 2).

Vamos a seguir conhecer um pouco do papel do estudante e do professor dentro do processo educativo, observe ainda as considerações sobre a similaridade que já se encaminha para a função da tutoria.


Papel do professor

Neste cenário, o papel do professor se enriquece quando executa as funções de mediador, incentivador ou motivador da aprendizagem, apresentando-se como elo entre o aprendiz e sua aprendizagem, estabelecendo a partir da comunicação dialógica e da mediação pedagógica esse elo. Neste novo papel do professor, é interessante citar uma pesquisa realizada por mais de 50 especialistas sobre atuação na educação moderna. Essa pesquisa, publicada por Mariana Fonseca e Agda Sardenberg (2013), indica as características da atuação dos professores, conforme você pode ver na tabela a seguir:

Característica de atuação

Descrição

Coerência

atuar em sintonia com o Projeto Político Pedagógico da escola, compreendendo seu papel e cumprindo suas metas.

Integralidade

compreender o estudante de forma integral, buscando identificar suas necessidades de desenvolvimento no nível intelectual, físico, emocional, social, cultural.

Reconhecimento

conhecer a realidade do aluno, da sua família e da comunidade em que a escola e esses estudantes estão inseridos.

Empatia

acolher as diferenças, reconhecendo que cada estudante é único, aprende de uma forma diferente e vive em um contexto próprio.

Sonhos

conhecer os interesses, anseios e/ou o projeto de vida dos seus alunos e apoiá-los a alcançar seus objetivos.

Tempo Integral

considerar o estudante durante todo o tempo em que está na escola e não apenas na sua sala de aula.

Cumplicidade

conhecer as famílias de seus alunos, dialogar com elas e criar vínculos para fortalecer o seu desenvolvimento integral.

Trilhas

construir roteiros educativos que integrem disciplinas tradicionais com atividades complementares, saberes acadêmicos e populares, promovendo o desenvolvimento integral dos alunos.

Colaboração

trabalhar de forma colaborativa com outros professores da escola, criando comunidades de aprendizagem para compartilhar desafios e propor estratégias articuladas que respondam às demandas do desenvolvimento integral.

Relacionamento

estabelecer uma relação mais igualitária e dialógica com seus alunos, reconhecendo seus saberes e legitimando a sua capacidade de contribuição com seu próprio processo de desenvolvimento.

Mediação

ser um mediador, facilitador e articulador do conhecimento, provocando o aluno a aprender a partir de seus próprios questionamentos.

Pesquisa

convidar o estudante a perceber a realidade como objeto de estudo.

Protagonismo

promover o protagonismo do aluno, incentivá-lo a ser autor e proponente do seu próprio processo pedagógico.

Participação

colaborar com a equipe gestora no sentido de apontar necessidades de infraestrutura, propor projetos e ações inovadoras e se envolver com atividades do programa que extrapolem a sua sala de aula.

Acompanhamento

 avaliar continuamente os processos de ensino-aprendizagem, em conjunto com seus estudantes, estimulando que reconheçam o que precisam fazer para alcançar seus objetivos individuais e coletivos.

Aprendizagem

admitir que pode errar e aprender enquanto ensina, inclusive com seus alunos.

Tabela: Características de atuação do professor na nova educação.
Fonte: Fonseca e Sardenberg (2013).

Observe que as características da atuação do professor foram detalhadas na tabela apresentada, isto é, para ressaltar as diversas atividades e posturas a serem praticadas durante o processo educativo, facilitando a mediação pedagógica e o sucesso do aluno. E muitas destas devem ser também praticadas na função da tutoria. No decorrer do curso você conhecerá de forma detalhada as ações e atividades do tutor, mas pode ir incorporando a linha de atuação e a relação com a atividade docente.


Papel do Estudante

Focando no papel do aluno, é importante salientar que se espera dos alunos ou pelo menos se propõe à eles a participação efetiva no processo de ensino e aprendizagem. O aluno continua sendo o centro da preparação escolar, ou seja, é o foco de projetos políticos pedagógicos de cursos. Os professores se preparam para promover o ensino, com estratégias de práticas pedagógicas em que o aluno é um ser atuante. Neste cenário de alunos participantes, eles precisam trabalhar, ou seja, participar efetivamente da busca da sua aprendizagem.

Se o que pretendemos é que o aluno construa seu próprio conhecimento, aplicando seus esquemas cognitivos e assimiladores à realidade a ser aprendida e desenvolvendo o seu raciocínio, devemos permitir que ele exerça sua atividade mental sobre os objetos e até mesmo uma ação efetiva sobre eles. Isto é, os educandos devem ter papel ativo em sala de aula, colaborando de alguma forma, ou seja, assim como o professor, eles também devem ser participantes, ou melhor, “sujeitos da história na medida em que a constroem ao lado de outros seres humanos, num contexto socialmente definido" (LUCKESI, 1993, p.114).

Dessa forma, professores e alunos têm uma relação mais próxima, pois ambos são peças importantes no desenvolvimento do processo educativo. As tecnologias, por sua vez, têm a missão de facilitar esse processo, oferecendo ferramentas de informação e comunicação para interações em tempo real ou diferentes tempos, sanando problemas de tempo e distância geográfica, e ainda, estabelecendo a mediação pedagógica através da dialogicidade.

SAIBA MAIS

Você pode fazer uma leitura complementar acessando o artigo: Competências: desafios para alunos, tutores e professores da EaD, que aborda um pouco sobre o espaço de sala de aula da educação a distância (EaD) e os papéis assumidos no grupo são diferentes das aulas presenciais e exigem habilidades e competências apropriadas.

Neste tópico você pode conhecer os papéis ou formas de atuação de professores e estudantes dentro da educação atual, permeada por tecnologias, dentro de uma sociedade que exige novas formas no processo educativo.  Dentro deste contexto é importante saber como deve ocorrer a mediação pedagógica e que práticas são bem vindas para se alcançar a educação de qualidade.

Confira no próximo tópico!

3.5 Mediação Pedagógica na EaD

Estamos vivenciando a era de educação moderna, do compartilhamento de conhecimento e da disponibilização de tecnologias, na qual as responsabilidades no processo educativo estão se alterando. Atualmente há uma visão de aprendizagem coletiva, ou seja, todos contribuem para o aprendizado de todos de forma dinâmica e comunicativa. A EaD vem se consolidando neste cenário educacional, levando professores, estudantes e equipe de acompanhamento a desempenharem novos papeis no processo educacional.

Dentro desta concepção, a mediação pedagógica na modalidade a distância tem sido um assunto amplamente discutido e trabalhado por estudiosos que tratam o tema com a análise de necessidades, como é o caso do Silveira (2014).

[...] faz-se necessário repensar a prática e refletir no processo de mediação pedagógica e os mecanismos utilizados para garantir o “sucesso” do aluno, focando a sua atuação na motivação do processo ensino-aprendizagem. Portanto, é preciso criar estratégias e ações para desenvolvê-las, dia após dia, ressignificando-a, de forma a atender as expectativas e necessidades dos sujeitos dessa ação. No entanto, refletir quais são os fatores que motivam o aluno a aprender e estar em um ambiente virtual, exige uma série de posturas e comportamentos a serem desenvolvidos durante o processo de aprendizagem. (SILVEIRA, 2014, p. 2439).

Para abordarmos este assunto com entendimento é preciso saber: O que é a mediação pedagógica? Este termo pode ser definido como: “ Atitude, comportamento do professor que se coloca como um facilitador, um incentivador ou um motivador da aprendizagem, que se apresenta com disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem" (MORAN, 2013, P. 151). Convém contribuir colocando que a citada ponte tem caráter colaborador para que o estudante alcance seus objetivos.

Uma característica importante a ser desenvolvida na mediação pedagógica é de o professor ser um pesquisador e motivar o aluno a buscar e refletir sobre seu estudo. Deve levar ao aluno todas as situações e fazendo com que ele participe efetivamente de toda a construção do ensino.

Na prática pedagógica deve-se compartilhar dúvidas, certezas e obstáculos que podem ser detectados ao longo do estudo.

Outro ponto é a promoção da construção do conhecimento, tanto coletiva quanto individual, usando ferramentas como atividades, discussões, análise de práticas. Levando ao desenvolvimento cognitivo e profissional.

         

Na EaD, a mediação pedagógica é um processo fundamental, uma vez que o distanciamento físico é característica da modalidade. Segundo SOUZA, SARTORI E ROESLER (2008, p.331), é necessário que hajam “recursos, estratégias, habilidades, competências e atitudes diferentes dos convencionais – pautados na exposição oral e no contato face a face”. Um fator positivo na mediação pedagógica é a inserção das tecnologias e de ambientes virtuais de ensino e aprendizagem que permitem a atuação do professor e da equipe de acompanhamento, neste caso mais focado na função do tutor.

O tutor tem papel importante na EaD e no desenvolvimento da mediação pedagógica, sua atuação se baseia em atividades que influenciam no desenvolvimento do processo educativo, ele pode contribuir como: " facilitador, mediador, orientador das ações que serão desenvolvidas nesse ambiente" (PETERS, 2003, p.58).

Teremos neste curso o tópico específico que tratará as tarefas do tutor, neste momento convêm citar que nas atividades de acompanhamento e mediação pedagógica, o tutor possui atividades semelhantes e associadas ao papel de professor. Durante o desenvolvimento do curso EaD, principalmente online o tutor faz grande parte da mediação pedagógica, este trabalho se dá executando tarefas como as citadas por SILVEIRA (2014, p.2439) onde coloca: “A tutoria na EaD, tem a característica de orientar os trabalhos acadêmicos, conduzindo o processo ensino-aprendizagem dos alunos, instigando-os à busca de conhecimentos, despertando nos mesmos o sabor pelo saber, de forma a manter o aluno em constante aprendizagem.”

É importante ressaltar que a mediação pedagógica deve sempre seguir as estratégias pedagógicas previstas para o curso, para atuar, o professor e a equipe de acompanhamento contam com as ferramentas disponíveis no Ambiente Virtual - espaço da sala de aula virtual. Onde se tem dispositivos como chats, fóruns, blogs, entre outros. Sendo necessário planejar o uso de cada um deles, levando em consideração a proposta pedagógica, as peculiaridades de cada dispositivo e ainda, a comunicação dialógica.

SAIBA MAIS

Você pode aprofundar seus conhecimentos dentro deste assunto acessando dois artigos que contribuem para a melhor assimilação. O primeiro é o artigo das pesquisadoras Alba Regina Battisti de Souza, Ademilde Silveira Sartori e Jucimara Roesler (2008), intitulado Mediação pedagógica na educação a distância: entre enunciados teóricos e práticas construídas, que trabalha o processo de mediação pedagógica. O segundo é o artigo Mediação pedagógica e educação a distância: as competências do tutor e a motivação para aprendizagem, de Cláudia Alexandra Bolela Silveira (2014), que aborda um estudo sobre a atuação do tutor na mediação pedagógica.

Encerramos o estudo deste subtópico que trabalhou a mediação pedagógica, abordando conceitos, participantes e elementos a serem levados em consideração. Este foi o último conteúdo deste capítulo, para encerrarmos o estudo do mesmo, vamos por fim, apresentar alguns exemplos práticos de desenvolvimento de mediação, uso de linguagem dialogada no material didático e ainda exemplos de mediação pedagógica.

Confira estes exemplos a seguir e realize as leituras necessárias e indicadas no roteiro de estudo!

3.6 Práticas de Mediação e comunicação na EaD

Durante o estudo do tema Mediação e comunicação na EaD abordamos conceitos, formas, papeis envolvidos e outros detalhamentos. Para dar exemplos de trabalho onde você pode observar a aplicação destes assuntos, selecionamos alguns materiais que consideramos adequados à apresentação de práticas selecionadas, estes estão separados em dois assuntos chaves para o estudo:

Linguagem Dialógica

O primeiro material está associado ao assunto dialogicidade aplicada ao desenvolvimento de material didático, mas especificamente à livros. A contribuição será feita com a apresentação do artigo: Educação a distância: uma abordagem dialógica na construção de materiais didáticos impressos, da autora Ivanda Martins Silva (2011). Onde é feita uma apresentação sobre a lógica de produção de material didático, comentando o que precisa ser levado em consideração e citando exemplos práticos que representam a dialogicidade em material didático.

Outro material com a mesma linha de apresentação é o artigo: Linguagem Dialógica Instrucional: A (re)construção da linguagem para cursos online, dos autores Dilermando Piva Jr., Ricardo Luis de Freitas e Rosana Giaretta Sguerra Miskulin (2009), que aborda os princípios da Linguagem Dialógica Instrucional, usada na preparação de materiais para cursos EaD.

Atuação do tutor na mediação

Já com relação à atuação do tutor na mediação do processo educativo, principalmente em cursos online, utilizando ambiente virtual de ensino e aprendizagem. Separamos materiais e para exemplificar esta prática apresenta-se os artigos: O tutor a distância e a mediação eficaz de fóruns de discussão avaliativos, da autora Jacqueline de Oliveira Lameza (2013), que descreve a importância da formação do Tutor a Distância com ênfase na mediação eficaz de fóruns de discussão avaliativos.

E ainda o artigo: Dialogicidade em fóruns de discussão: interfaces com os desafios da educação a distância, da autora Carmem Lúcia de Oliveira e Ivanda Maria Martins Silva (2012), onde se aborda a função dialógica dos fóruns de discussão utilizados na EAD online.

Esperamos que os materiais possam dar uma visão mais prática de como se dá a mediação e comunicação, seja no desenvolvimento de materiais para um curso EaD ou na aplicação junto aos estudantes, fase onde a mediação pedagógica e a dialogicidades são fundamentais.  Com a apresentação dos materiais encerramos o estudo deste capítulo.

Boa continuação dos estudos!

Considerações finais

Neste capítulo, foi possível fazer um estudo sobre a mediação e comunicação na EaD, compilando os conhecimentos sobre a linguagem dialógica e sua importante função nos materiais didáticos e no acompanhamento aos estudantes. Vimos ainda a forma de agir dos participantes do processo educativo dentro da educação atual, e a importância da dialogicidade nesse processo. Por fim foi trabalhado a mediação pedagógica, citando que o tutor deve atuar como facilitador, mediador, orientador das ações que serão desenvolvidas no ambiente de ensino e aprendizagem. Para dar exemplos práticos na atuação de mediação foram disponibilizadas algumas práticas.


Esperamos que o conteúdo tenha sido proveitoso e tenha dado direcionamento na forma de atuação do tutor dentro do processo educativo. Para dar continuidade ao curso vamos seguir os estudos conhecendo mais profundamente sobre a tutoria e as atividades do tutor, assim você poderá entender como o tutor se coloca dentro dos processos gerais das equipes de educação a distância.

Siga em frente e ótimo estudo!

Referências

BAKHTIN, Mikhail Mikhailovitch (1999). Marxismo e Filosofia da Linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. 9ª. Ed., São Paulo:Hucitec.

CRUZ, Dulce Márcia. Mediação pedagógica e formação docente para a EAD: comunicação, mídias e linguagens na aprendizagem em rede. In: DALBEN, A., et al. (orgs.). Coleção Didática e prática de ensino: convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente.Belo Horizonte: Autêntica, 2010, v.2, p. 333-353.

DICIONÁRIO FORMAL. Dicionário Formal online, 2017. Disponível no endereço: https://www.priberam.pt/dlpo/dial%C3%B3gica. Acesso em 08 jan. 2017.

FREIRE. P. (1995). À sombra desta mangueira. São Paulo: Livraria Nova Sede.

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Ficha Técnica

Este material foi elaborado pelos professores e pela equipe pedagógica e de materiais didáticos do Cerfead.


[ Conteúdo ]

Giovana Schuelter


[ Design instrucional ]

Maria Luisa Hilleshein de Souza


[ Revisão textual ]

Vanessa Martinelli Oro


[ Design gráfico ]

Daniel Mazon da Silva