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3 | Roteirização

Storytelling

Não é raro encontrarmos histórias, casos e exemplos ao longo dos materiais didáticos. Sejam eles textos, vídeos, áudios, jogos ou outros recursos interativos, as histórias nos ajudam a contextualizar o que está sendo estudado. 

Contar histórias ou storytelling, à propósito, é uma das formas mais antigas de repassar o conhecimento entre gerações. Histórias envolvem, ilustram e nos fazem refletir. Integrar histórias no seu material didático poder ser uma excelente opção. E para isso existem diversas técnicas (técnicas de storytelling). 

Histórias, mitos, livros e filmes já foram estudados a fim de tentar identificar padrões de narrativa que estejam relacionados com o interesse e a atenção do público. Algumas destas formas de contar histórias são apresentadas no vídeo que segue. Confira!

Fonte: Storytelling: A arte de Contar Histórias Memoráveis, 2018.

 

Dentre as apresentadas, a mais conhecida é a Jornada do Herói. Uma análise feita por Joseph Campbell que indica alguns passos comuns em histórias de sucesso. Veja no infográfico a seguir.

Fonte: Viver de Blog, 2018. 

Um elemento que merece atenção em todas as histórias é que elas são feitas de altos e baixos. Quando você pensa que está tudo bem, algo acontece. Essa oscilação cria uma dinâmica na narrativa, que, associada de elementos desconhecidos que geram curiosidade, mantém a atenção do leitor/espectador. 

É por isso que além de servir para criação e contação de histórias, os elementos do storytelling servem também de inspiração para construção do seu recurso didático. Veja algumas ideias:

  • Promover altos e baixos: isso significa quebrar a constante. Se o conteúdo vem numa sequência de afirmativas que se complementa, que tal inserir um contra-ponto? Um questionamento sobre tudo que foi visto até o momento.
  • Instigar a curiosidade: sabe aquela cena de uma porta entreaberta no final do corredor que você não quer que o personagem vá ver, mas ao mesmo tempo está morrendo de curiosidade pra saber o que tem lá? Instigar a curiosidade é instigar a ação. 
  • Explicitar a mudança: histórias geralmente apresentam um estado final bem diferente do inicial. Permitir que o leitor perceba que ele não é mais o mesmo depois da jornada facilita a percepção de valor no processo.
  • Histórias paralelas: além da narrativa central, pode haver narrativas paralelas que enriquecem o contexto. No seu material, você pode promover o mesmo fornecendo elementos extras que ampliam os horizontes da jornada.

E aí, o que mais você percebe de interessante nas técnicas de contação de histórias que podem ser aproveitadas em recursos didáticos? Compartilhe aqui conosco!